Como é feita a terapia com células-tronco em pets?

Por Tabatha do Amaral, Analista Técnico no NeoStem

27 de Junho de 2022

Como é feita a terapia com células-tronco em pets?

Terapias inovadoras costumam gerar muita curiosidade sobre como são realizadas na prática, não é mesmo? Quando pensamos em células-tronco, logo imaginamos um cenário de laboratório de pesquisa com frascos cheios de soluções coloridas, exalando vapores misteriosos e cientistas de jaleco. Parte disso é verdade, mas como fazer a transposição deste cenário para a rotina de tratamento dos nossos filhos de patas?

Questões comuns são: como as células chegam à clínica veterinária? Como é a embalagem deste produto? Como são aplicadas nos pets? Continue a leitura e você encontrará as respostas para estas e outras dúvidas!

 

 

Onde moram as células-tronco?

Elas ficam literalmente hibernando no banco de células, congeladas a 80 graus negativos no laboratório. Quando um médico-veterinário tem um paciente com indicação para a terapia celular, faz o pedido das células-tronco e são enviadas de forma muito particulares até a clínica, acondicionadas em tubos apropriados com soluções específicas.

Já deu para perceber que não é um produto que o veterinário pode estocar, não é? As células saem do banco apenas quando há um paciente esperando por elas, tudo de forma muito personalizada.

 

Como é realizada a aplicação das células-tronco nos pets?

A forma de aplicação das células-tronco varia conforme a doença a ser tratada. Para as osteoartroses (doença das articulações que pode ser desencadeada por uma variedade de lesões) e para a ceratoconjuntivite seca (também conhecida como “olho seco”, caracterizada por baixa produção lacrimal para lubrificar o globo ocular), a aplicação é feita localmente — diretamente nas glândulas lacrimais ou nas articulações acometidas. Como não é possível dizer para o peludo: “fique quietinho que só faremos uma injeção no seu joelho”, por exemplo, é necessário anestesiar. São procedimentos rápidos, seguros e geralmente basta 1 (uma) aplicação.

Já para o tratamento das sequelas neurológicas da cinomose, são realizadas em média 3 (três) aplicações pela via intravenosa. Não requer anestesia ou mudanças na rotina do cachorro.

É importante lembrar que cada caso é único e os protocolos podem ser personalizados conforme a avaliação do veterinário. Não é necessário manter o pet internado ou realizar mudanças em sua rotina após a aplicação.

 

O que podemos esperar da terapia com células-tronco?

O objetivo central é melhorar a qualidade de vida dos cães, e consequentemente, dos seus tutores. Para os animais com osteoartrose e sequelas neurológicas da cinomose, espera-se que, com a terapia, ocorra melhora da mobilidade e controle da dor. Para portadores da ceratoconjuntivite seca, o intuito é restabelecer a produção lacrimal normal.

Para um prognóstico mais preciso e uma terapia bem-sucedida, o diagnóstico e a avaliação veterinária minuciosa são imprescindíveis.

 

Agora que você já conhece a terapia com células-tronco, não deixe de compartilhar a informação com outras mães e pais de pet, e, se pensa que seu cão pode se beneficiar com a terapia celular, consulte um médico-veterinário!

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