Leishmaniose: como evitar?

9 de Novembro de 2018
Leishmaniose: como evitar?

Banho, tosa e vermifugação são alguns dos cuidados básicos e populares entre os tutores de animais domésticos, porém muitos outros devem fazer parte da rotina para garantir a manutenção da saúde dos pets, que ficam vulneráveis a doenças como a Leishmaniose Visceral Canina (LVC), provocada pelo protozoário Leishmania. Transmitida pelo mosquito-palha, a enfermidade, que acomete tanto os pets quanto humanos, pode ser evitada com medidas simples.

De 2012 a 2016, o Brasil registrou, em média, 3.500 novos casos entre humanos por ano, segundo levantamento do Ministério da Saúde. A pesquisa também aponta que, apesar de esse número não estar em crescimento, a conscientização tem se tornado cada vez mais importante, tendo em vista a migração do vetor das áreas rurais para os centros urbanos e, ainda, o impacto da doença na saúde pública, já que, por se tratar de uma zoonose, oferece riscos para a população.  

Com a relevância desse cenário, a Comissão de Seguridade Social e Família aprovou, em junho deste ano, um projeto que prevê a imunização obrigatória contra a LVC, assim como já ocorre com a Vacina Antirrábica. O texto também aborda a importância do uso de coleiras inseticidas, que ajudam a prevenir a Leishmaniose em cães com alto grau de eficiência: o indicador chega aos 95%. A efetividade do produto é tanta que Fernanda Costa de Mattos, veterinária da Ourofino Saúde Animal, empresa que tem em seu portfólio a coleira ectoparasiticida Leevre, indica que nos casos em que for necessário optar entre a coleira e a vacina, a escolha deve recair na primeira opção.

De acordo com a especialista, esse é o melhor método de controle e prevenção da Leishmaniose em animais. “Para aqueles que não foram infectados, usar a coleira reduz a probabilidade de adquirir a doença. Já para cães contaminados, que estão em tratamento, o método pode ser adotado para que não transmitam a doença para outros animais e seres humanos”, explica Fernanda.

 

Sobre a LVC

Após a contaminação por meio da picada, o animal pode espalhar a Leishmaniose a partir de transfusões de sangue e pelo sémen. Fêmeas se tornam vetores e infectam os filhotes, que podem manifestar a doença entre dois meses e oito anos de idade.

Mas, atenção: bichos de estimação infectados não transmitem a enfermidade para humanos, da mesma forma que estes não podem provocar o contágio em outras pessoas. O papel de vetor fica por conta apenas do mosquito-palha, que pode infectar qualquer um.

Outro ponto importante é que é possível alcançar a cura clínica da doença. Apesar de não eliminar o parasita, o tratamento permite que o animal viva bem. “Os cuidados médicos e farmacológicos ainda garantem a eliminação dos sintomas clínicos da enfermidade e a redução da capacidade de infectar o flebotomíneo, popularmente chamado de mosquito-palha”, orienta a veterinária da Ourofino Pet.

No entanto, o controle da doença também depende de cuidados externos. Por exemplo, ambientes limpos evitam a propagação dos mosquitos transmissores da LV, que têm hábito noturno. “Logo ao entardecer e durante a noite, o mosquito sai para se alimentar. Portanto, esse é o período do dia que ele mais transmite a doença”, alerta Fernanda.

 

Pet infectado. E agora?

Quando se tornam portadores do protozoário, animais de qualquer porte, idade ou raça podem ser tratados, no entanto, não é possível estabelecer a reação esperada, por se tratar de uma resposta individual do organismo. Até mesmo os sintomas podem variar. “Os animais podem ser assintomáticos, ou seja, viver muitos anos com a doença sem desenvolver os sintomas clínicos. Outros apresentam emagrecimento progressivo, perda de pelos, feridas que não cicatrizam, sangramento pelo nariz, anemia e o aumento exagerado das unhas”, pondera a especialista da Ourofino.

A técnica ainda sinaliza sobre a importância do tratamento. “A doença apresenta um alto índice de mortalidade. Pode ser de 90% nos casos sem acompanhamento veterinário.” Para aumentar a conscientização sobre os riscos apresentados pela enfermidade, a Ourofino iniciou em outubro a campanha Livre da Picada.

Este é o terceiro ano da iniciativa que se mantém até novembro com o objetivo de fomentar, entre tutores e médicos-veterinários, a importância da prevenção e do controle da Leishmaniose. Mais informações no site http://www.livredapicada.com.br e nas redes sociais da empresa, que ainda trazem informações sobre a doença e dados sobre seu avanço nos centros urbanos.

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