Leishmaniose pode ser combatida pela própria população em Ribeirão Preto

12 de Janeiro de 2018
Leishmaniose pode ser combatida pela própria população em Ribeirão Preto

Com quatro casos de infecção por Leishmaniose em Ribeirão Preto, a Vigilância Ambiental em Saúde do município informa dicas para prevenção da propagação da doença na cidade. As informações para prevenção podem ser seguidas pela própria população.

De acordo com o órgão municipal, no ciclo da doença, o inseto pica um cão doente, portador do parasito, e depois pica uma pessoa ou animal saudável, que também poderá desenvolver a doença. Sem o inseto, não há transmissão da leishmaniose.

No Estado de São Paulo a Leishmaniose Visceral (LV) tem merecido especial atenção dos órgãos de saúde pública, por ampla distribuição nos municípios, com registro crescente de casos humanos nos centros urbanos e altos índices de cães positivos.

A doença é causada (tanto em humanos quanto em cães) pelo parasito da espécie Leishmania chagasi transmitido pelo vetor Lutzomyia longipalpis, um inseto flebotomíneo conhecido como “mosquito palha”.

Medidas de controle

As medidas de controle da doença estão voltadas ao controle do transmissor, do reservatório, tratamento dos casos humanos e atividades educativas. Para evitar a presença ou a redução da densidade do mosquito é importante cuidar dos quintais de residências e em áreas públicas.

Entre as dicas, está a poda de árvores para reduzir o sombreamento do solo, capinação e recolhimento de gramas, matos e folhagens para evitar acúmulo de matéria orgânica (folhas, frutos, e fezes de animais). Outras medidas que ajudam a manter os mosquitos longe são a colocação de telas finas nas janelas e portas das casas (orifícios menores que um milímetro) e o uso de mosquiteiros e repelentes.

Para reservatórios, as recomendações são os exames sorológicos e parasitológicos para o diagnóstico de animais suspeitos da doença, sendo seus proprietários orientados a respeito da prevenção e dos cuidados com saúde e higiene dos pets.

Segundo a Coordenadoria de Comunicação Social da Prefeitura, os cães devem ser mantidos com boa qualidade de vida e higiene. Evitar que os animais fiquem soltos na rua e utilizar coleiras próprias especificas impregnadas com  inseticidas para a prevenção individual da doença ou repelentes também estão entre os conselhos do órgão responsável.

Cães após infecção

Os cães infectados pelo parasita podem adoecer logo ou demorar meses para apresentar sintomas. Os animais infectados, mesmo aqueles sem sintomas aparentes, são fonte de infecção para o inseto transmissor e, portanto, um risco para saúde pública.

Os principais sintomas apresentados pelos animais podem ser emagrecimento progressivo, queda de pelos, crescimento das unhas, descamação da pele, fraqueza, feridas no focinho, orelhas, olhos e patas.

A única forma de saber se os cães estão infectados é por meio de exames específicos de laboratório. A Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde, em parceria com o Instituto Adolfo Lutz, disponibiliza gratuitamente a realização de exames laboratoriais comprobatórios para o diagnóstico da doença.

Para a prefeitura, o tratamento dos cães doentes não é recomendado, por não apresentar eficácia comprovada (o animal pode apresentar uma cura clínica, mas não a cura parasitológica, mantendo-se como fonte de infecção para o mosquito).

Fonte: Revide

Foto: IStock

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