#LivreDaPicada – seja herói na prevenção à leishmaniose

17 de Outubro de 2019
#LivreDaPicada – seja herói na prevenção à leishmaniose

A“Livre da Picada” pretende orientar os tutores e médicos-veterinários quanto aos efeitos da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) no animal infectado e, ainda, conscientizar para que o número de novos casos diminua. A doença não tem cura e, segundo Fernanda Mattos, veterinária e analista técnica da empresa, o assunto ainda desperta muitas dúvidas, o que justifica a iniciativa para desmistificar e controlar a doença transmitida pelo flebótomo.

“A ação acontece em várias frentes, por meio de canais on e off-line. Em todas essas situações, reforçamos os efeitos da LVC e a importância de um diagnóstico assertivo e rápido para preservar a qualidade de vida do cão afetado. Buscamos, ainda, estimular o encoleiramento do animal com uma solução ectoparasiticida, uma vez que esse tipo de produto age como inseticida e repelente, atuando direto na causa, ou seja, na eliminação do mosquito-palha, nome popular do inseto vetor”, explica Fernanda. A enfermidade, classificada como uma zoonose, costumava ficar mais restrita à área rural, agora segue crescendo também nas zonas urbanas. “Por isso, a prevenção é fundamental. O fato de ser transmissível para os seres humanos gera incertezas quanto ao tratamento, porém atualmente existe uma droga leishmanicida no mercado veterinário aprovada pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para tratamento da leishmaniose canina no Brasil”, complementa a profissional.

Assim, a recomendação de sacrificar o animal não é mais obrigatória e esse é o primeiro aspecto a ser desmistificado. O cachorro portador da doença pode viver por muito anos, e com qualidade de vida, em especial quando o diagnóstico é feito precocemente. Um entrave, alerta a especialista, é a dificuldade de identificar a doença. “O primeiro fator complicador é que alguns cães podem ser assintomáticos e viverem anos com a doença sem manifestar qualquer indício de infecção, por conta da resposta imunológica, que é muito individual”, esclarece. A campanha “Livre da Picada” acontece anualmente. Na internet, o site www. livredapicada.com.br fica sempre ativo e contém várias informações em formato de perguntas e respostas sobre a LVC e, ainda, faz um alerta para a prevenção de doenças associadas a outros parasitas, como as pulgas e os carrapatos.

Atenção ao controle

O médico-veterinário Arivan Arraes atua na região de Araguaína, no Tocantins, considerada zona endêmica de leishmaniose. Em rportagem publicada na revista Ourofino em Campo, ele traz sua experiência clínica sobre a doença.

Ourofino – Quais os problemas mais comuns com relação à leishmaniose?

Arivan – Muitos colegas ainda têm em mente que a figura do animal com leishmaniose é a de um cão com unhas grandes, magro, com as costelas aparentes e o abdômen distendido. A zoonose hoje se disfarça de muitos outros problemas. Se não ficarmos atentos, negligenciamos o diagnóstico, pois ela pode se manifestar com algum problema oftálmico ou dermatológico, às vezes renal, ortopédicos e hematológico. Nós, veterinários, precisamos ficar de olho nos sinais clínicos.

Ourofino – Quais cuidados que os donos de cães e gatos devem ter para evitar a leishmaniose?

Arivan - A melhor maneira é a prevenção. É muito importante que passemos o máximo de informações para o tutor. Como a doença é transmitida pelo flebotomídeo e ele se reproduz em matéria orgânica em decomposição, as pessoas precisam ter consciência de manter os quintais limpos e não criar aves, pois elas podem atrair o parasita. Também é importante o uso de coleiras repelentes, como a Leevre da Ourofino Saúde Animal, que indicamos bastante.

Ourofino – Como saber se o animal está ou não com leishmaniose?

Arivan - Como disse anteriormente, os sinais clínicos podem ser dermatológicos ou oftalmológicos, ou apenas uma alteração em exames de rotina. Existem inúmeros exames para diagnóstico, desde sorológicos até moleculares. Normalmente fazemos uma triagem com os exames sorológicos e confirmamos com exame PCRQ, que é o DNA. Também é importante diagnosticar os gatos, pois muitos felinos estão apresentando a leishmaniose na nossa região. Não basta apenas saber se o animal está doente, mas sim como esse animal está com relação à parte renal e hepática.

Ourofino – O que o médico-veterinário precisa ter em mente para lidar com a leishmaniose?

Arivan – Se capacitar e se qualificar constantemente. É muito importante buscarmos sempre novas informações e estudos sobre isso. Eu estive em um congresso de Medicina Veterinária no Peru. Essa foi uma oportunidade que a Ourofino me proporcionou depois de participar de um sorteio durante evento promovido pela empresa. A experiência foi enriquecedora para o desenvolvimento profissional.

 

 

 

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