Como transportar seu Pet com segurança?

Por Ana Marra, consultora de demanda Ourofino Pet

11 de Maio de 2022

Como transportar seu Pet com segurança?

Hoje em dia é cada vez mais comum que os pets estejam sempre acompanhando seus tutores, até mesmo em viagens. Pensando nisso, vamos dar dicas de como deixar esse transporte mais seguro, seja dentro da cidade, na ida ao veterinário, passeios, ou em viagens. 

 

Medidas de segurança 

Segundo o Departamento de Trânsito (Detran) a forma adequada de transportar cães e gatos em veículos, é com peitoral - é importante o uso de peitoral e não de coleira simples, para evitar estrangulamento ou lesões na cervical do animal - e guia adaptada afivelada no cinto do banco traseiro e regulada de modo que limite os movimentos do animal e principalmente o acesso dele ao motorista; ou caixas específicas de transporte individuais para fixação ao veículo.

Dessa forma, em uma possível frenagem mais brusca, o bichinho não será lançado contra as partes internas do veículo ou até mesmo contra o condutor. Caso seja levado de forma incorreta, além dos riscos de acidentes, o motorista está sujeito a multa prevista no Código de Trânsito Brasileiro. 

De acordo com o artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que não é permitido, quando estiver no trânsito, carregar animais soltos no colo de algum dos ocupantes, nem no porta-malas ou na caçamba das picapes. A infração é considerada média e sujeita o motorista ao pagamento de multa. 

 

Escolha o melhor forma para transportar seu pet 

É proibido transportar os animais em motocicletas, mesmo que seja transportado em uma caixa específica para transporte, pois nas motocicletas não há uma possibilidade segura de fixar a caixa de transporte, e com os movimentos do animal também há a possibilidade de afetar o equilíbrio do condutor gerando acidentes. 

Nunca devem ser transportados soltos, para que não atrapalhem o condutor. Se estiverem soltos e com a cabeça para fora da janela, os pets podem cair para fora ou até mesmo pular do veículo em movimento, o que pode ser fatal para o animal e ainda podendo ocasionar acidentes. 

No caso de pets como hamsters ou pássaros, a recomendação é que sejam transportados dentro de gaiolas, presas com o cinto de segurança e cobertas por um pano fino para diminuir o estresse pelo balanço do carro. 

 

Leve seu pet ao Veterinário 

Se for levar seu pet para uma viagem de ônibus, o passageiro deve apresentar a carteira de vacinação do animal de estimação atualizada e atestado emitido pelo médico-veterinário, principalmente com a sinalização de que tomou a vacina antirrábica (cães e gatos) da forma e com o tempo adequado; guia de transporte animal (GTA) preenchida, assinada e carimbada por um Médico Veterinário.

A caixa de transporte deve estar de acordo com o tamanho do animal e que permita a movimentação do mesmo; além de se certificar com a companhia responsável pela viagem se há mais alguma exigência e/ou preenchimento de algum formulário específico da companhia de viação. 

 

Vai viajar de avião com seu pet? 

Se for levar seu pet para uma viagem de avião, é bom ficar bem atento aos requisitos da companhia aérea a ser utilizada e fazer um bom planejamento com antecedência.  

Atualmente, você pode transportar o pet ao seu lado na cabine ou no bagageiro da aeronave; é de extrema importância verificar as regras específicas da companhia que será utilizada, pois elas variam bastante de empresa para empresa e dependem também do modelo do avião, já que nem todos permitem acomodar animais a bordo; assim como o porte, peso e raça do animal também possuem suas especificações e restrições. 

Outro ponto a ser levado em consideração ao pensar em realizar uma viagem aérea com o seu pet, é a saúde do animal em questão, pois por mais saudável que o pet seja ele precisará ficar em uma caixa de transporte durante toda a viagem, logo deve ser ponderado se ele não ficará muito estressado e se não haverá risco à sua saúde. Uma recomendação comum é planejar voos diretos e trajetos curtos. Com isso, você consegue controlar a ansiedade dos pets e evitar a desidratação. 

Em geral, as normas para poder levar seu cachorro ou gato em uma viagem aérea é que eles sejam acomodados limpos e sem odor desagradável em uma caixa de transporte de animais em avião, conhecida como “Kennel”, com medidas específicas permitidas pela companhia aérea – é muito importante verificar essas medidas com a companhia aérea a ser utilizada, pois essas medidas variam entre as companhias. 

O ideal é, quando for comprar a caixa de transporte, leve as especificações para medir e comparar as dimensões na loja, para não haver nenhum transtorno na hora do embarque. 

Normalmente, a caixa tem que ser resistente bem ventilada e com tamanho adequado para o animal. Além de uma trava que impossibilite o cachorro ou gato de sair do “kennel”. Lembre-se também que o pet precisa de conforto, com espaço para se movimentar, já que vai ficar na caixa durante toda a viagem. 

Se o pet for ficar na cabine do avião, o “kennel” com o animal dentro, deve ser colocado abaixo do assento durante toda a viagem. Já se for no bagageiro, é necessário identificar o pet e a caixa de transporte.

É indicado forrar a caixa com tapete higiênico e deixar uma peça de roupa com seu cão ou gato, e na hora do desembarque. Lembrar-se que ele não será colocado na esteira junto com as outras bagagens, e sim na área de retirada de bagagens, logo deve-se ir até esse local para retirar o seu animal de estimação. 

Além da caixa, o transporte aéreo de animais depende da documentação do pet estar dentro dos prazos permitidos. O animal deverá estar com as vacinas em dia, principalmente com a vacina antirrábica com ao menos 30 dias de aplicada, e ter um atestado de saúde e guia de transporte animal (GTA) devidamente preenchido, assinado e carimbado por um Médico Veterinário específico para aquela viagem aérea, com data de no máximo 10 dias antes da data da viagem. 

No caso de viagens aéreas internacionais, é preciso verificar se a espécie do animal é aceita no país, quais vacinas são exigidas, e com que antecedência deve ser emitido o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI). Uma opção prática para quem costuma viajar bastante com o animal dentro do Brasil ou no Mercosul é fazer o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos. Esse documento serve como atestado de saúde no Brasil e substitui o CZI na Argentina, no Uruguai, no Paraguai e na Venezuela. 

Já em relação a cães-guia, as regras para transporte de animais domésticos mencionadas anteriormente não se aplicam a eles, pois são especialmente treinados para viajar de avião e podem voar ao lado de seus proprietários, fora do “kennel”, basta apresentar o comprovante de treinamento e a carteira de vacinação do animal, emitida por médico veterinário. No documento, devem constar as vacinas múltipla e antirrábica válidas, além do tratamento anti-helmíntico. Em caso de viagem internacional, é preciso portar o Certificado Zoosanitário Internacional (CZI). 

 

Prepare seu pet previamente para a viagem 

Para viajar com seu pet tranquilamente, seja de avião, de carro, ou outro meio de transporte, é muito importante fazer um bom planejamento com antecedência, buscar informações com o veterinário e com a companhia a ser utilizada, e preparar o pet.

Algumas dicas de como deixar o pet mais preparado e mais relaxado para a viagem é:  

  • Na véspera da viagem, é recomendado dar banho e aparar as unhas do animal; 
  • No dia da viagem, ofereça alimentos leves e, para evitar enjoos, a última refeição deve ser no mínimo duas horas antes do início da viagem; 
  • Ofereça água antes de sair, e durante a viagem; 
  • Passeie e brinque com ele um pouco do início da viagem. 

Além disso, se o animalzinho for fazer a viagem dentro do “kennel”, é muito importante adaptá-lo a ficar dentro da caixa de transporte antes de realizar a viagem, sendo assim pode-se começar a realizar essa adaptação com no mínimo 15 dias de antecedência.

Primeiramente, deixe a caixa aberta e acessível para o pet em um local dentro da casa, assim, ele poderá se familiarizar com o ambiente; ofereça refeições e brinque com o animal dentro do “kennel”, tornando o local confortável; enquanto o cão ou gato fica na caixa, feche a porta para ele se acostumar, aos poucos, aumente o tempo de permanência dentro da caixa e se afaste para ele também se habituar à sua ausência. 

 

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