Virose em filhotes. E agora?

Por Raíssa Siravegna, consultora técnica da Ourofino Pet

02 de Dezembro de 2021

Virose em filhotes. E agora?

Você sabia que o Brasil possui a segunda maior população de cães do mundo? Correspondendo a uma população estimada de 52 milhões de cães. Por conta desse crescimento, devemos ter cuidados relacionados à saúde dos pets, por exemplo, com os protocolos de vacinação.

Estes cuidados preventivos são importantes para aumentar a expectativa de vida de cães e gatos, uma vez que hoje em dia temos nossos pets como membros da família, não é mesmo? Se você tem um cão em casa, provavelmente já ouviu falar da Parvovirose, Cinomose e Coronavirose, estou certa? Embora a prevenção seja simples e de fácil acesso, duas destas doenças, a parvovirose e cinomose, ainda são causas frequentes de sequelas e/ou mortes em cães. Já a coronavirose, em casos em que acompanha outras viroses, o quadro pode se tornar grave! As doenças são mais frequentes em cães que tiveram alguma falha no seu protocolo vacinal como filhotes que não foram vacinados corretamente e cães adultos que não receberam o reforço anual ou até mesmo animais que nunca foram vacinados.

Entenda as doenças 

A Cinomose é uma doença viral grave, letal, altamente contagiosa e possui distribuição em todo o mundo. Pode acometer cães de todas as raças, sexo e idade, entretanto a ocorrência é muito mais alta em animais até seis meses de idade. Por ser considerada uma doença multissistêmica, vários são os sintomas observados, por exemplo, perda de apetite, apatia, febre, vômito, diarreia, secreções oculares e nasais, e até sinais neurológicos como convulsões e paralisias. Para o diagnóstico, é necessário realizar uma consulta com o médico-veterinário e exames complementares. Infelizmente não existe um tratamento específico para animais com Cinomose, mas o veterinário irá conduzir o melhor tratamento para os sintomas apresentados para minimizar a evolução desta doença. Associado ao tratamento, o uso de suplementação com vitaminas e minerais são essenciais para estimular a imunidade do pet. A principal forma de transmissão ocorre por contato com outros animais contaminados, mas também pode haver casos de contaminação através do ambiente e de objetos contaminados. Sendo assim, a desinfecção do ambiente onde foram mantidos animais positivos é de extrema importância para a proteção dos outros cães. 

Já a Parvovirose também é uma doença infectocontagiosa causada pelo parvovírus canino. Este vírus é altamente resistente podendo sobreviver por mais de seis meses à temperatura ambiente e é facilmente transportado, o que favorece a propagação. Ela também representa uma das doenças infecciosas mais graves em cães filhotes, com altas taxas de mortalidade, principalmente entre o desmame até os seis meses de idade, devido à vulnerabilidade do sistema imunológico. Algumas raças destacam com predisposição ao parvovírus como o Labrador Retrievers, American Pit Bull Terriers, Pastores Alemães, Stanfordshire Terriers, Rottweilers, Dobermann e Pinschers. Os sintomas da doença são vômito, anorexia, letargia e diarreia com sangue que pode levar a uma grave e rápida desidratação. A rapidez no diagnóstico é muito importante para o isolamento dos animais doentes e início rápido do atendimento e tratamento do cão para aumentar suas chances de recuperação. Normalmente a terapia visa o tratamento dos sintomas que o animal apresenta. Lembre-se sempre de prevenir a desnutrição desses pequenos, inclusive com o uso de suplementos.

Por fim, o Coronavírus que acometem os cães é o Coronavírus canino (CCoV), uma causa comum de alterações gastrointestinais em cães filhotes e altamente transmissível. Os sintomas estão ligados ao sistema gastrointestinal e são muito parecidos com os sinais da Parvovirose canina, como vômito, apatia, perda de apetite e diarreia, o que dificulta o diagnóstico. Portanto, o tratamento se baseia em uma terapia de suporte, mas de muita relevância, acompanhados de probióticos e suplementos vitamínicos e minerais.

Como prevenir? 

Atualmente a forma mais eficaz é a vacinação com vacinas que são consideradas essenciais: as polivalentes (V6, V8, V10 ou V12) que devem ser aplicadas em filhotes (3 a 4 doses) e reforçadas anualmente. Vale lembrar que os animais só devem ser expostos a desafios como, passeios, banhos em pet shops e contato com outros animais de 14 a 21 dias, após a última dose do protocolo.

Consulte o médico-veterinário

O médico-veterinário pode utilizar medicamentos para o controle de infecções secundárias (como antibióticos) e suplementos para melhorar o estado de saúde do seu pet. A Ourofino conta com uma linha completa de antibióticos e suplementos. Entre eles está o Energy Pet, um suplemento com aroma de morango, que contém em sua fórmula aminoácidos e vitaminas para melhorar o metabolismo energético dos cães, sendo indicado para animais que estão se recuperando de doenças infecciosas como as que falamos acima.

Já o Metacell Pet é um suplemento composto por minerais como ferro, cobre cobalto e zinco quelatados associados a vitaminas do complexo B, incluindo o ácido fólico e a frutose como fonte de energia para auxiliar na recuperação de animais com anemia e na melhora do aporte nutricional em animais debilitados.

E, por fim, o Biocanis, um gel a base de bactérias probióticas, sendo um biorregulador do trato intestinal que melhora as condições gerais de saúde do animal após quadros de alterações intestinais.

Lembre-se sempre de oferecer uma rotina saudável para o seu companheiro com ração de qualidade, água limpa e fresca, exercícios e brincadeiras, visitas frequentes ao médico-veterinário e, claro, muito amor e carinho porque #FazBemCuidarDessaRelação!

 

Referencias
ETTINGER, S. J; FELDMAN, E. C. Tratado de Medicina Interna Veterinária;
NELSON, R.W., COUTO, C.G. Medicina Interna de Pequenos Animais;
PORTELA, V. A. B.; LIMA, T. M.; MAIA, R. C. C. Cinomose Canina: revisão de literatura. Recife, v. 11, n. 3, p. 162-171, 2017.
Fonte: IBGE/ Elaboração: ABINPET;
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