Raiva em cães e gatos: prevenir é a única solução

26 de Setembro de 2017

Raiva em cães e gatos: prevenir é a única solução

Campanhas anuais de vacinação contra a raiva são realizadas para prevenir que cães e gatos se infectem com o vírus desta doença e proteger a  as pessoas  pela doença ser uma zoonose fatal.

A raiva existe há mais de quatro mil anos e é considerada a primeira enfermidade que os animais, no caso os cães, poderiam transmitir aos seres humanos, com severidade de ser praticamente 100% letal.

Trata-se de um sério problema de saúde pública por ser uma doença que ainda não foi erradicada no Brasil. Segundo levantamento  feito pelo sistema de informação da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, em 2014 a região que apresenta  mais notificações é a Nordeste em que ocorreram 12 casos em cães e 5 em gatos. Na região Sudeste, no estado de São Paulo, apareceram 2 casos em cães e 1 caso em gato. Outros estados como Maranhão, Goiás e Rio Grande do Sul também tiveram casos. Assim, a raiva em cães e gatos tem sido notificada em  vários municípios brasileiros, o que coloca em risco a saúde da população.

 Em julho de 2017 foi diagnosticado no Recife o caso de raiva humana depois de 12 anos sem casos em animais, levando a óbito uma mulher de 36 anos  depois de ter sido ferida por um gato selvagem. 

Os principais sintomas e transmissão

A raiva é causada por um RNA vírus mantido num hospedeiro principal que pode ser o cão, o gato, o ser humanos, os carnívoros selvagens ou o morcego. Sua principal característica é comprometer o Sistema Nervoso Central (SNC) provocando quadro de encefalite com sinais nervosos como agressividade, paresia e paralisia.

A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela (pode ser “mordida”?) e, mais raramente, por arranhões e mucosas ou em feridas abertas. O vírus atinge a diferentes porções do cérebro e dissemina-se para órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e então é eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos.

É uma enfermidade passível de controle nas áreas urbanas, pois permite medidas eficientes de intervenção tanto com as pessoas quanto à fonte de infecção animal. As campanhas de vacinação contra a raiva são de suma importância porque o principal objetivo é estabelecer, em curto espaço de tempo, uma barreira imunológica capaz de interromper a transmissão da raiva na população canina de uma comunidade e o comprometimento das populações felina e humana.

Além do Brasil, poucos países conseguiram se livrar da doença e outros mantêm suas áreas urbanas sob controle, ocorrendo casos esporádicos de transmissão por animais selvagens.

A vacinação de cães e gatos é a principal medida preventiva para o controle da raiva urbana, sendo assim, campanhas que estão acontecendo neste mês em  várias áreas do país precisam ser divulgadas para que cada vez mais ocorra a conscientização e a adesão da população, de modo que pets e seus tutores estejam protegidos da doença que  leva à morte.

Foto: iStock

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