Vermes: inimigos do verão

Por Fernanda Costa Sousa Zinsly de Mattos, analista técnica na Ourofino Pet

07 de Março de 2019

Vermes: inimigos do verão

No verão as temperaturas se elevam e consequentemente aumenta a umidade do ar por conta do volume de chuvas desta época, por esse motivo a saúde e o bem-estar dos pets merecem atenção, uma vez que as mudanças climáticas favorecem a reprodução e a eclosão de ovos de ectoparasitas (pulgas e carrapatos).

Com isso, a frequência de passeios com os pets em praças, parques e praias aumenta e favorece o contato com os ectoparasitas presentes no ambiente, além de trazer mais chances de contaminação dos nossos amigos por vermes.

Dentre eles está o Toxocara canis, nematódeo da família Ascaridae, de até 10 centímetros de comprimento, que parasita, geralmente, cães e gatos. Os ovos de T. canis são eliminados junto às fezes no ambiente em que ocorre o desenvolvimento até a forma infectante, em aproximadamente 10 dias.

A transmissão acontece pela passagem transplacentária de larvas que se encontram encistadas nos tecidos das cadelas prenhes, sendo que aproximadamente 80% dos cães com menos de seis semanas de idade possuem exemplares de Toxocara em seus intestinos.

Os sinais clínicos causados por este verme são o aumento de volume abdominal, retardo de crescimento, diarreia, além de tosse, aumento da frequência respiratória e corrimento nasal espumoso em casos de migração de larvas para os pulmões. Já os vermes adultos no intestino, podem gerar oclusão do lúmen intestinal, levando à morte por obstrução e perfuração intestinal. O diagnóstico é feito por meio de exame de fezes, por isso é importante o acompanhamento frequente do médico-veterinário. 

Além disso, também se destaca o Dipylidium caninum, verme intestinal de cães que apresenta como hospedeiro intermediário a pulga Ctenocephalides felis. Os sinais clínicos mais comuns são diarreia mucosa e coceira anal.

Dentre os protozoários parasitas de cães, a Giardia duodenalis é a única espécie encontrada na maioria dos mamíferos e em seres humanos. A transmissão dela nos animais de companhia acontece por meio da ingestão de cistos, ou seja, ovos de protozoários que foram eliminados nas fezes dos pets infectados e que estão presentes no ambiente, na água, nos alimentos ou ainda pela ingestão de cistos aderidos à pelagem.

A maior prevalência das infecções por Giárdia ocorre entre os animais de companhia jovens, sem resistência imunológica e, principalmente, naqueles que vivem em ambientes confinados, em instalações com falta de higiene e com superlotação.

Os sinais clínicos desta doença são diarreia com odor fétido, presença de muco, estrias de sangue, falta de apetite e desidratação. O diagnóstico da giardíase deve ser baseado no histórico clínico do pet, na sintomatologia e na detecção de oocistos do parasita por meio de exame de fezes.

A prevenção desta enfermidade é baseada na manutenção de boas condições de saúde dos animais de companhia. Por isso, é fundamental a realização de programas periódicos de vermifugação e medidas para a limpeza e desinfecção do ambiente, com o objetivo de reduzir a carga ambiental de cistos.

Portanto, deve ser feita a remoção das fezes e de toda a matéria orgânica do local, seguida pela desinfecção das superfícies com o uso de produtos à base de amônia quaternária, como o cloreto de benzalcônio, ativo que atua na inativação dos cistos no ambiente impedindo assim a reinfecção dos pets. Para o protocolo completo do tratamento da giardíase, a Ourofino conta com o Top Dog, vermífugo palatável indicado para cães, e o Herbalvet T.A., desinfetante à base de cloreto de benzalcônio a 15%. Lembre-se de consultar sempre um médico-veterinário e de seguir as recomendações de bula.

Comentários


Publicações que talvez você goste

Acompanhe nosso universo Pet